Desde os primórdios o ser humano exprime tentativas de expor uma verdade interna, numa inter-relação com o outro. Enquanto um se expressava, alguém ouvia oferecendo conforto emocional. Essa escuta ocorria das mais variadas formas, e provinha de sacerdotes, médiuns, pais/mães de santo, curandeiros, xamãs, dentre outros.
A psicoterapia como hoje é mais conhecida surgiu com Freud. Esse grande pensador judeu circunscreveu seu modelo de ciência e nomeou-a psicanálise, na qual substantivou o inconsciente. O que antes estava simplesmente fora da consciência, ganhou envolvimento num complexo mecanismo que praticamente determina a forma como agimos e falamos. A partir da teoria de Freud, a psicoterapia e a psicanálise se espalharam e se transformaram, originando outros grandes teóricos.
Winnicott encara a psicoterapia como um meio. Como ele mesmo diz, se o paciente precisa de análise, ele faz análise. Se precisa de outro tipo de acompanhamento, é nessa necessidade que se deve focalizar o atendimento clínico.
Jung vai também além. Considera todo o inconsciente proposto por Freud, mas propõe outro inconsciente: o coletivo. Para o autor, possuímos uma massa de conteúdos primordiais, herdados de povos primitivos, que também tem enorme potencial curativo.
Esse mini-trajeto da psicoterapia aqui relatado ilustra que sempre existirão diferentes formas de acompanhar alguém em busca de sua verdade. Caso se identifique com essa busca, desejo que encontre bons parceiros para sua jornada!